@matheuspsantana Acredite, você não é único insatisfeito com essa Batgirl. Olha, eu gosto da Bárbara, mas essa ruiva que anda se intitulando Batgirl por aí com certeza não é Bárbara Gordon que eu gostaria de ler. Eu concordo com você que ela está muito infantilizada e além disso é como se a personalidade dela tivesse mudado da água para a cachaça, mas, infelizmente, essa Batmoça veio para ficar. É um absurdo a quantidade de sites elogiando a nova fase da Batgirl e dizendo que finalmente a personagem deixou de ser sexualizada (alguma Batgirl alguma vez já foi?) e que não usa mais salto alto (algo que, convenhamos, a Bárbara não usava desde os anos 70).

O chato é que essas mudanças não afetam apenas a Bárbara, mas praticamente todas as super-heroínas da DC que possuem título solo. O pior é que o tal do Brenden Fletcher (o escritor por trás dessa nova fase) nem ao menos conhecia a Bárbara quando começou a escrevê-la, a única fase que ele se deu ao trabalho de ler antes foi a da Gail Simone e ainda assim resolveu ignorar tudo. Na minha opinião isso foi uma grande falta de profissionalismo, nenhuma versão modernizada da Batgirl deixou de homenagear as raízes da personagem e ainda uma falta de respeito com os leitores. Em uma entrevista sobre o título da Canário Negro (que ele também escreve) ele revelou que não conhecia absolutamente nada sobre a Dinah quando começou (daí dá para entender porque ele escrevia uma Canário não estúpida e imatura no título da Batgirl) e AGORA que ele começou a ler tudo o que podia de Aves de Rapina e da mensal da Canário dos anos 90 (aliás, uma mensal de qualidade muito questionável).

Atualmente a arqui-inimiga da Dinah é simplesmente uma cantora que ficou com invejinha da Canário por ela ter roubado a posição de vocalista da banda (???????) e se isso não bastasse tudo indica que vão introduzir um clone da Dinah que usa branco (a falta de criatividade está grande). Se inspirar na histórias clássicas da Canário para quê, não é mesmo? As vezes parece até que a equipe criativa de Batgirl/Canário Negro assistem uma série filmes e séries adolescentes antes de escrever as edições para descobrir como mulheres costumam agir.

Já em relação ao casais, no caso da Bárbara, tem haver com o título ser focado no público feminino e como existe essa lenda de que garotas só leem hqs por causa de romance a equipe criativa arranjou de encher a Bárbara de interesses amorosos e triângulos, enquanto que a “relação amorosa” inexistente entre o Jason e a Bábara, o famoso jaybabs, nada mais é que uma abominação da internet que um escritor incompetente e sem criatividade resolveu tornar cânone (rezemos para que esse lenga lenga seja deixado de lado e nunca mais mencionado).

No caso do Dick tem haver com ele ser um espião e os escritores de Grayson terem como fonte número um de inspiração (como praticamente todo bom personagem de espionagem) o James Bond. Os escritores ainda confirmaram que eles gostam do casal Dick/Bárbara, mas que eles não tem planos de colocá-los juntos no momento, que por enquanto preferem colocar o Dick para fletar com várias mulheres. Em relação ao relacionamento dele com a Estelar não nem como reclamar, os dois são um casal clássico da DC e os escritores adoram colocá-los juntos e ainda tem o problema de que cada escritor tem uma “namorada” favorita para o Dick. Por exemplo: Chuck Dixon, Devin Grayson e Gail Simone preferem o Dick com a Bárbara, já o Marv Wolfman e o Judd Winnick preferem ele com a Kory e eu tenho a impressão de que o Greg Rucka gosta de por ele com a Helena.

Isso acaba gerando umas situações chatas, porque em uma hq o Dick faz juras de amor para a Bárbara e em outra (no mesmo período) ele fica ao beijos com a Helena no Ano Novo ou quando ele e a Bárbara já estavam oficialmente namorando, em Legado de Sangue, mais uma vez o Dick demonstrava cultivar sentimentos amorosos pela Helena. No período pós-término de namoro do Dick com a Bárbara, ele ficava demonstrando sentir falta dela no título solo dele e em Aves de Rapina (escritos, respectivamente, pela Devin Grayson e pela Gail Simone), mas, no mesmo período, em Renegados ele fica com a Kory. Essa inconsistência é o motivo principal por eu não morrer de amores pelo casal Dick/Bárbara isso e os retcons desnecessários, então eu meio que não ligo se eles ficam juntos ou não (e a criança dentro de mim ainda prefere o Dick com a Kory).

Enfim, concordo com você em relação a situação da Bat-família. Parece que a criatividade acabou kkkk. O melhor que a DC poderia fazer seria trazer de volta universo da maneira que estava antes do reboot (no caso da Bat-família, o Dick sendo Batman e mentor do Damian, o Tim como Red Robin e com revista solo, Cassandra como Black Bat, Bárbara como Oráculo com as Aves de Rapina e quem sabe voltando a trabalhar com a Cassandra, Stéphanie como Batgirl, Helena Bertinelli como Caçadora e sendo líder de campo das Aves e o Capuz Vermelho como anti-herói com tendências vilanescas) e o universo dos Novos 52 poderia ser uma espécie de Universo Ultimate da DC, com isso os fãs poderiam escolher o que ler.

No caso da Batgirl do Burnside acho que a melhor alternativa seria se ela fosse uma série digital com o objetivo de mostrar uma nova versão da Bárbara (como atualmente está acontecendo com a Mulher-Maravilha, a diferença é que a hq digital da princesa Diana supera e muito a qualidade de roteiro da equipe Burnside), mas no universo regular deveriam mantê-la da maneira como a conhecemos e amamos.

Eu gostei bastante desse título, Bryan Q. Miller escreveu muito bem a Stephanie, a Bárbara e a relação mentor/pupilo entre as duas, também gostei da introdução da Wendy e de como ele trabalhou com as reações da Bárbara em relação a ajudar tanto a Wendy como a Stephanie, achei bastante divertida as parcerias com a Supergirl (e olha que sempre achei falta de criatividade a amizade entre Supergirl e Batgirl) e principalmente com o Robin, gostei de todos os desenhistas que participaram, mas em especial do trabalho do Dustin Nguyen e o design do uniforme da Stephanie é de longe o meu favorito das Batgirls. O único ponto negativo que eu achei foi o triângulo amoroso meio bizarro envolvendo a Bárbara, o tal Nick Gage e a Stephanie, mas como não chegou a ser desenvolvido não teve um impacto exatamente negativo no roteiro.

A Stephanie pode não ser a melhor Batgirl (considero que a Cassandra se encaixe melhor nessa posição) e nem a mais icônica (posição ocupada, indiscutivelmente, pela Bárbara), mas ela com certeza deixou sua marca no legado da Batgirl e é uma pena essa mensal não ter uma continuação (a não ser se formos considerar a mini de Convergência que, sinceramente, não achei nada boa).

@flynn Foi cancelada na edição 24 devido ao início dos Novos 52, mas acho que esse título seria cancelado de qualquer forma devido as baixas vendas.

@tsuyuhime Eu acredito que o ex-marginal da sinopse se refira ao sentido da palavra (que vive a margem da sociedade) e não a personagem Charlie Gage-Radcliffe (até porque quem criou esse tópico foi a mesma pessoa que fez a diagramação de várias edições de Aves de Rapina do volume um e de todas do volume dois e inclusive de algumas edições dessa Batgirl).

@matheuspsantana Concordo e discordo de você. Concordo em relação ao casal Dick/Kory, verdade seja dita, eles são muito mais icônicos do que o Dick e a Bárbara (um casal relativamente moderno e construído a base de retcons) jamais vão ser e também não dá nem para comparar um escritor como Marv Wolfman com um Chuck Dixon da vida (que fique claro, eu gosto do trabalho do Dixon, mas os Novos Titãs são um clássico). Já em relação ao Jason e a Bárbara eu discordo.

Pode até ser bom para o Jason, mas para a Bárbara com certeza não é. Dessa forma uma personagem que foi criada para ser independente não vai passar da namoradinha da Bat-família, em um universo ela namora o Dick, no outro o Bruce, no outro o Luke, no outro o Tim, no outro o Jason ou todos eles no mesmo universo. Só está faltando ela ser pegada pelo Alfred, o Damian, o Terry e a Kate. Não dá não é?

Também vale lembrar que o casal Jason/Bárbara surgiu a partir de “shippers” na internet que achavam que o Jason e a Bárbara eram fofos respirando perto um do outro e isso só mostra a influência negativa que as redes sociais podem ter em mídias como os quadrinhos (sem contar que Batman Eternal é uma porcaria). Não tem problema nenhum criar um casal na sua cabeça e achar que eles são a coisa mais perfeita do mundo, mas daí um escritor tornar cânone essa bagaça demonstra apenas falta de criatividade (algo que anda afetando demais a DC e a Marvel atualmente). Por outro lado, considerando que a versão atual da Bárbara é pobre, mal executada, mal caracterizada e parece o clichê feminino das comédias românticas não faz muita diferença (pelo menos para mim) com quem ela vai namorar ou não.

O Dick e a Bárbara eram um casal legal na época em que o Dixon escrevia eles, quando o Grayson era Asa Noturna e a Bárbara Oráculo, mas infelizmente o excesso de drama na fase da Devin Grayson (que culminou no término do casal) e o excesso e retcons para tornar a Bárbara o primeiro e único amor do Dick, além é claro da crescente infantilização dos dois, com certeza, foi o fator que fez com que eu enjoasse deles. A Bárbara precisa de relações como a que ela tinha com o Jason Bard no pré-reboot ou com Ricky Gutierrez nos Novos 52 e se for para ela namorar com outro super-herói que seja com alguém de fora da panelinha da Bat-família (no pré-reboot ela tinha uma relação legal com o Ted Kord, mas infelizmente não passou de flerte). Pelo menos essa é minha opinião.

@flynn Eu li em inglês mesmo (costumo fazer isso por ser muito impaciente rsrsrs). Segue o link: http://www.bookgn.com/4639-secret-origins-1-11-2014-2015-complete.html

@sniper Eu também gostei da primeira edição, mas prefiro não manter altas expectativas quando se trata desse escritor. Batgirl foi uma grande decepção e só piora a cada edição. Brender Fletcher infantilizou completamente a amizade da Dinah e da Bárbara e as tornou personagens muito imaturas, por várias vezes elas soavam como crianças. Felizmente ele não manteve essa Canário no título solo. Mas talvez seja bom não esperar muito, porque dessa forma eu posso sempre me surpreender positivamente (ou não!).

E que venha a edição #2

Gente, obrigada por continuarem traduzindo Aves de Rapina

Sinceramente eu não gosto da maneira como a Christy Marx escreve as Aves, principalmente a Dinah, mas eu posso dizer que essa edição foi menos ruim que as anteriores. Acredito que isso se deve ao pouco destaque dado ao Condor e a mãe Eva, que na minha opinião são pontos fraquíssimos.

Eu nunca gostei da mudança na liderança para a Bárbara, afinal, diferentemente da versão original, essa equipe é da Dinah e além do mais a Babs protagoniza mensalmente as próprias aventuras. Só que se analisarmos as atitudes recentes da Canário (reflexo do desgaste sofrido nas mãos de Marx) eu sou obrigada a aceitar que essa é a melhor decisão, mas com a Batgirl aparecendo mais foi só uma oportunidade para a escritora provar que também não sabe fazer um trabalho muito bom com a ruiva. Christy cometeu os mesmos erros que os escritores de Batman Eternal na hora de tentar reproduzir a raiva da Bárbara mostrada no arco “Batgirl Procurada” (que curiosamente é meu arco favorito de Batgirl), errando ao mostrar a garota apenas como uma raivosa descontrolada capaz de matar sem pensar duas vezesTambém fiquei decepcionada pela exclusão permanente da Starling de todo o rolo envolvendo o marido da Dinah.

Já a arte de capa eu achei muito bonita e os desenhos interiores do Robson Rocha muito bons 

@ahyeah Teoricamente é a mesma Bárbara , a mesma filha do Comissário, a mesma amiga da Alysia, a mesma amiga da Dinah, a mesma Ave de Rapina e com a mesma idade – 21 anos, mas percebe-se uma mudança significativa de tom nas histórias, a ponto da personagem se tornar irreconhecível. Basicamente o que a DC quis foi atrair o público feminino e como, aparentemente, garotas não gostam de histórias sérias e amam rosa, fez-se essa mudança na Bárbara (porque faz muito mais sentido mudar drasticamente uma personagem já estabelecida no universo dos Novos 52 do que criar uma personagem original, como, por exemplo, aconteceu com a Kamala Khan).